Quando eu era criança, não precisava de muita coisa para ser feliz. Um peão de madeira e um pedaço de chão bastavam para horas de diversão. Lembro-me da primeira vez que ganhei um. Era simples, de madeira bem trabalhada, com aquela ponta de ferro reluzente que prometia giros perfeitos. Meu pai me ensinou a enrolar a corda com cuidado, sem deixar folgas, e a lançar o peão com firmeza. No começo, ele caía desajeitado, sem rodar direito, mas eu não desisti. Com o tempo, aprendi o jeito certo. Segurava a cordinha com força, fazia o movimento preciso do pulso e, então, via o peão girando no chão como se tivesse vida própria . Era uma sensação incrível! Cada vez que conseguia fazê-lo rodar por mais tempo, sentia uma vitória, como se tivesse descoberto um segredo. Mais tarde, meus filhos nasceram e, como eu, também descobriram o encanto do peão de madeira. Ensinei-lhes o que meu pai havia me ensinado, e juntos passamos incontáveis tardes no quintal, competindo para ver quem conseguia o ...
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