Nos anos 70 e 80, ter um Kichute era praticamente um ritual de passagem para os jovens. Meu marido sempre conta histórias da época em que esse tênis preto de borracha era um dos calçados mais populares entre garotos que queriam algo durável, versátil e cheio de atitude. Para ele, o Kichute era mais do que um tênis—era parte da rotina, das brincadeiras e das amizades construídas no dia a dia.
O Tênis Que Marcou uma Geração
O Kichute surgiu em uma época em que os jovens valorizavam a resistência e a funcionalidade dos produtos. Ele era simples, preto, com aquele solado de borracha que agarrava bem ao chão e um cadarço comprido, que muitos enrolavam no tornozelo para dar um toque especial ao visual.
Meu marido diz que praticamente todo menino da escola usava Kichute. Não importava se era para ir à aula, jogar futebol depois do expediente ou simplesmente andar pelo bairro—o Kichute era o companheiro inseparável dos garotos.
Futebol e Aventuras com o Kichute
Se havia um esporte que combinava perfeitamente com o Kichute, era o futebol de rua. Como ele tinha um solado resistente, muitos garotos preferiam jogar descalços, apenas com as meias, amarrando os cadarços no tornozelo para manter o estilo.
As partidas aconteciam nas ruas asfaltadas, nas praças e em qualquer espaço aberto onde se pudesse improvisar traves. Meu marido conta que, se alguém aparecesse com um tênis diferente, era comum ouvirem frases como: "Vai jogar de Kichute ou não?"
Ele lembra que o tênis era perfeito para corridas, pulos e dribles. Mesmo depois de meses de uso, o Kichute ainda mantinha sua forma, diferente de outros calçados que se desgastavam rapidamente.
Mais do que um Tênis, um Estilo de Vida
O Kichute não era apenas um item de moda ou esporte. Ele fazia parte da identidade dos jovens da época. Quem tinha um sabia que estava pronto para qualquer situação—da escola ao futebol, do passeio ao dia inteiro na rua com os amigos.
Na juventude do meu marido, ele não precisava de muitos calçados. Um Kichute bastava para tudo. Era aquele tipo de tênis que resistia à chuva, ao calor e às brincadeiras mais agitadas.
O Fim da Era Kichute e a Saudade de um Clássico
Com a chegada dos tênis esportivos modernos e das marcas internacionais, o Kichute começou a desaparecer das prateleiras. Os jovens passaram a buscar modelos mais tecnológicos, com amortecimento avançado e designs inovadores.
Mas meu marido ainda fala sobre ele com carinho. O Kichute era mais do que um calçado—era um companheiro de aventuras, um símbolo da juventude e uma peça que marcou momentos inesquecíveis.
Até hoje, quando ele vê um Kichute em algum brechó ou loja especializada, é impossível não parar e lembrar dos tempos em que esse tênis era um dos mais desejados entre os jovens.
E você teve um Kichute? Qual era a sua história com esse clássico?
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