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Diferente das gerações seguintes, que cresceram rodeadas por tecnologia, meus filhos tiveram em mãos brinquedos que exigiam habilidade, paciência e raciocínio. O dominó preto, por exemplo, era mais do que um jogo de encaixar peças, era um desafio de estratégia e lógica. Eles gostavam de jogar com os avós, aprendendo a ler os padrões e criando competições animadas.
Outro grande favorito era o cubo mágico, um verdadeiro teste de inteligência e persistência. Lembro-me das muitas tardes em que eles giravam e tentavam montar os lados corretamente, frustrando-se com cada erro e vibrando quando finalmente conseguiam acertar.
O peão, um dos mais antigos brinquedos, exigia habilidade com as mãos e destreza para fazê-lo girar corretamente. Meus filhos ficavam na calçada competindo para ver quem conseguia manter o peão rodando por mais tempo, enquanto eu observava com nostalgia, lembrando das minhas próprias brincadeiras da infância.
O pega vareta, com suas peças coloridas e delicadas, ensinava concentração e precisão. Nada de apertar botões—era preciso calma e mãos firmes para conseguir retirar cada vareta sem derrubar o resto da pilha.
As gudes, então, eram praticamente um símbolo da infância nos anos 90. Eles colecionavam as bolinhas de vidro com entusiasmo, disputavam partidas nos terrenos de terra e trocavam os mais bonitos como se fossem tesouros. Cada gude colorido trazia um orgulho especial, como se carregasse uma história única.
A mola colorida, aquela que descia degraus sozinha, era quase hipnotizante. As crianças adoravam fazê-la correr pelas escadas e experimentar diferentes formas de brincadeira, explorando toda a sua elasticidade e efeito visual.
O Fim da Era das Brincadeiras Tradicionais
Os anos 90 foram os últimos anos em que as crianças ainda brincavam nas ruas, nas calçadas e nos quintais sem tanta interferência da tecnologia. Era uma infância de contato real, de quedas, de desafios, de gritos de alegria ao ar livre.
Com o início dos anos 2000, a tecnologia começou a ocupar um espaço maior na vida das crianças. Computadores, videogames e celulares começaram a substituir as brincadeiras físicas, e aos poucos, aquele universo rico e cheio de movimento foi sendo deixado para trás.
Meus filhos tiveram sorte. Eles viveram uma infância onde dominó, gude e pega vareta eram entretenimento garantido. Eles correram, pularam, se sujaram e aprenderam brincando, algo que se tornou cada vez mais raro nas décadas seguintes.
Hoje, quando vejo crianças grudadas em telas, sinto saudade dos anos 90 e das brincadeiras que realmente construíam laços e memórias. Foi uma era única, que trouxe diversão genuína e marcou toda uma geração.
E você, tem saudade das brincadeiras dos anos 90? Qual era a sua favorita?
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